"Os céus abertos. El Greco em Roma", até 5 de outubro em Sant'Agnese em Agone
Ontem foi oficialmente inaugurada a Exposição El Greco na igreja da Piazza Navona, na presença de S.E. Mons. Rino Fisichella, pro-prefeito do Dicastério para a Evangelização, S.E. Mons. Paolo Schiavon, reitor da igreja de Sant'Agnese, Donna María Isabel Celaá Diéguez, Embaixadora da Espanha na Santa Sé, Miguel Gotor, Conselheiro para a Cultura de Roma Capital e Don Alessio Geretti, curador da exposição.
“Espero que quem vier visitar essas obras de arte - disse Mons. Rino Fisichella - esteja preparado para o silêncio da contemplação, e que possa ver como um homem tocado por Deus, El Greco, vive a experiência da fé, colocando-a a serviço de toda a humanidade através da obra de arte». A arte e a beleza, portanto, podem ser um instrumento de evangelização, uma oportunidade para que «o turista também possa se tornar um peregrino e um anunciador de esperança».
El Greco, nascido na Ilha de Creta em 1541, e falecido em Toledo, em 1614, foi um dos artistas icônicos do Renascimento espanhol e viveu em Roma por seis anos. «El Greco ficaria orgulhoso - disse Donna María Isabel Celaá Diéguez, Embaixadora da Espanha na Santa Sé - que três de suas obras-primas fossem exibidas em uma das mais belas e significativas igrejas romanas, em preparação para o Ano Santo». Sant'Agnese em Agone ergue-se no local do martírio da santa romana. “Sant'Agnese é um belo cenário para esta maravilhosa iniciativa -, sublinhou Mons. Paolo Schiavon, reitor da igreja -. Agradeço ao Dicastério por ter escolhido este lugar para convidar aqueles que entram a «olhar para os céus abertos», e assim reforçar o convite à transcendência.
Sant'Agnese recebe milhares de turistas todos os dias. “Esta é a melhor colocação possível para a exposição de El Greco, que parece ter nascido aqui, tanto é também a continuidade cromática - explicou Don Alessio Geretti, curador da exposição -. Com hoje abrimos idealmente uma «primeira porta». O artista nos encanta por sua pintura extremamente sugestiva.
As três obras-primas expostas saem da Espanha pela primeira vez: A Sagrada Família com Santa Ana (Toledo, Hospital de Tavera), O Batismo de Cristo (Toledo, Hospital de Tavera), Cristo Abraçado na Cruz (El Bonillo, Museo Paroquial). “É bom começar com El Greco, que foi o homem da contradição e da modernidade, pintor da terra e do céu com uma capacidade narrativa quase mística - disse Miguel Gotor, vereador da Cultura da Roma Capital -. O que estamos a pôr em prática em prática é um esforço extraordinário para aproveitar a ocasião do Jubileu de 2025, através de um trabalho de protecção, valorização e regeneração urbana. Mais de 30 milhões de peregrinos são esperados e é fundamental que este esforço seja o produto de um trabalho de sinergia entre a Santa Sé, a Câmara Municipal de Roma e o governo. A nossa cidade deve ser a cidade do acolhimento, da fraternidade.
A exposição pode ser visitada todos os dias das 9h às 21h