Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades: o abraço de 80.000 peregrinos ao Papa Leão XIV

11 junho 2025

Mais de 80 mil peregrinos reuniram-se na Praça de São Pedro para celebrar o Jubileu dos Movimentos, das Associações e das Novas Comunidades durante a Santa Missa da Solenidade de Pentecostes presidida pelo Papa Leão XIV. No dia anterior, sábado, 7 de junho, mais de 70 mil fiéis participaram da Vigília de Pentecostes, unidos em oração em torno do Santo Padre.

No sábado, após uma tarde dedicada à música e aos testemunhos, durante a Vigília, o Papa Leão falou da importância da sinodalidade como único caminho no qual toda a criação adquire sentido: «Caríssimos, Deus criou o mundo para que pudéssemos estar juntos. “Sinodalidade” é o nome eclesial desta consciência. É o caminho que exige que cada um reconheça a sua dívida e o seu tesouro, sentindo-se parte de um todo, fora do qual tudo murcha, mesmo o mais original dos carismas. Reparai: toda a criação existe somente na modalidade do estar juntos, às vezes com perigos, mas sempre um estar juntos. E o que chamamos de “história” toma forma somente na modalidade do reunir-se, do viver juntos, muitas vezes cheio de dissídios, mas sempre um viver juntos. O contrário é mortal, mas, infelizmente, está diante dos nossos olhos, todos os dias. Então, que as vossas agregações e comunidades sejam ginásios de fraternidade e participação, não apenas como locais de encontro, mas como lugares de espiritualidade. O Espírito de Jesus muda o mundo porque muda os corações. Ele inspira, realmente, aquela dimensão contemplativa da vida que rejeita a autoafirmação, a murmuração, o espírito de contenda, o domínio das consciências e dos recursos. O Senhor é o Espírito e onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade. Portanto, a autêntica espiritualidade implica o compromisso com o desenvolvimento humano integral, atualizando entre nós a palavra de Jesus. Onde isso acontece, há alegria. Alegria e esperança».

Durante a Santa Missa da Solenidade de Pentecostes, o Santo Padre enfatizou a importância para a Igreja de promover a compreensão mútua e a construção de pontes em vez de barreiras: «Na festa de Pentecostes, as portas do cenáculo se abrem porque o Espírito abre as fronteiras. Como afirmou Bento XVI: “O Espírito Santo concede o dom da compreensão. Ultrapassa a ruptura que teve início em Babel — a confusão dos corações, que nos faz ser uns contra os outros — e abre as fronteiras. […] A Igreja deve tornar-se sempre de novo aquilo que ela já é: deve abrir as fronteiras entre os povos e romper as barreiras entre as classes e as raças. Nela não podem haver esquecidos nem desprezados. Na Igreja existem unicamente irmãos e irmãs livres em Jesus Cristo”».